Sabemos que contar com assessoria e consultoria jurídica é fundamental para qualquer processo de usucapião. Mas afinal, quais informações o advogado vai precisar para entender a sua situação? O que será necessário apresentar?
Sabemos que essa é uma dúvida comum entre as pessoas que buscam um advogado pela primeira vez. Pensando nisso, separamos um guia completo do que os advogados costumam solicitar e quais informações você precisa passar para um processo de usucapião.
O que é uma assessoria e consultoria jurídica?
A assessoria e consultoria jurídica são serviços oferecidos por advogados ou escritórios de advocacia especializados. Além disso, tem como principal objetivo, ajudar clientes a entender e resolver questões legais.

No caso específico do usucapião, essas consultorias são fundamentais para quem busca regularizar a posse de um imóvel por meio dessa modalidade de aquisição de propriedade.
A assessoria jurídica vai além de simples aconselhamento. Afinal, ela inclui o estudo minucioso de cada caso, orientação sobre o processo legal, análise da documentação necessária e, em muitos casos, a representação legal em juízo.
Uma consultoria jurídica, por outro lado, é mais focada em prestar orientações sobre dúvidas e questões relacionadas ao direito de propriedade. Desse modo, possibilitando que o cliente entenda seus direitos e deveres, especialmente quando se trata de usucapião.
Esse processo pode envolver diversos fatores, como o tempo de posse, a intenção de permanecer na posse, entre outros.
Por isso, é essencial contar com um profissional especializado que possa fornecer informações precisas e direcionadas para garantir que todos os requisitos legais sejam cumpridos.
Como funciona uma assessoria?
O funcionamento de uma assessoria e consultoria jurídica varia conforme o advogado ou escritório escolhido, mas, em geral, ela começa com uma consulta inicial.
Nesse primeiro encontro, o advogado ou consultor escuta atentamente o caso do cliente, analisa os fatos apresentados e faz uma avaliação preliminar.
No caso de uma assessoria para usucapião, por exemplo, o advogado vai verificar se o cliente atende aos requisitos legais para pleitear esse direito. Desse modo, avalia algumas questões, como o tempo de posse contínua, se houve oposição do proprietário original, entre outros aspectos.
A partir dessa análise inicial, o advogado começa a orientar o cliente sobre os próximos passos que devem ser tomados, que podem incluir a coleta de documentos, contato com testemunhas, verificação de registros em cartórios e uma série de outras medidas necessárias para dar início ao processo de usucapião.
A assessoria também pode se estender ao acompanhamento contínuo do caso. Assim, ajudando o cliente a resolver eventuais problemas ou obstáculos que possam surgir ao longo do processo.
O papel do advogado, portanto, não se limita a apenas informar sobre os requisitos legais. Afinal, ele também atua como um facilitador, guiando o cliente em cada etapa do processo e assegurando que todas as exigências sejam cumpridas.
Desse modo, minimizando os riscos de erros que poderiam atrasar ou até inviabilizar a aquisição da propriedade via usucapião.
O que você precisa apresentar para o advogado em uma assessoria?
Ao buscar uma assessoria e consultoria jurídica para tratar de um processo de usucapião, é importante que o cliente apresente todas as informações relevantes sobre a posse do imóvel em questão.
Isso inclui desde dados básicos, como a localização do imóvel e o tempo que o cliente ocupa a propriedade, até detalhes mais específicos, como possíveis acordos informais feitos com o proprietário anterior, reformas realizadas no imóvel, e qualquer comunicação recebida do proprietário original ou de terceiros sobre a posse.
Além disso, é fundamental que o cliente seja claro e honesto sobre as circunstâncias da posse.
Por exemplo, se houve interrupções no uso do imóvel, se a posse foi contestada ou se o cliente já tentou formalizar a propriedade por outros meios.
Quanto mais detalhadas forem as informações fornecidas, mais fácil será para o advogado avaliar se o cliente tem direito ao usucapião e quais as chances de sucesso no processo.
Outro aspecto importante é a apresentação de provas que sustentem a posse. Essas provas podem incluir testemunhas, contas de água, luz ou outros serviços em nome do cliente, contratos ou documentos que demonstrem o exercício de posse contínua e pacífica do imóvel.
Essas informações são essenciais para que o advogado tenha uma visão clara da situação e possa orientar o cliente de forma adequada.
É necessário levar documentos?
Sim, levar documentos é essencial ao procurar uma assessoria jurídica para tratar de usucapião.
Afinal, os documentos que comprovem a posse e o uso contínuo do imóvel serão fundamentais para o sucesso do processo.
Entre os documentos mais comuns que o advogado pode solicitar estão comprovantes de residência, como contas de água, luz, telefone ou internet no nome do possuidor, além de contratos de compra e venda ou recibos que indiquem que o cliente está na posse do imóvel há um certo tempo.
Além dos comprovantes de posse, o cliente também deverá apresentar documentos pessoais, como RG, CPF, e certidão de casamento, se aplicável.
Caso existam registros anteriores do imóvel, como escritura pública, matrícula ou contratos de locação, esses documentos também devem ser apresentados.
Esses papéis ajudarão o advogado a verificar a situação jurídica do imóvel e a definir a estratégia mais adequada para o processo.
O advogado também pode pedir documentos adicionais ao longo da assessoria, dependendo das especificidades do caso.
Por exemplo, se houver outros interessados no imóvel ou se existirem dívidas associadas à propriedade. Afinal, a apresentação desses documentos será essencial para evitar surpresas durante o andamento do processo judicial.
Quais são as perguntas que um advogado faz em uma assessoria e consultoria jurídica?
Durante a assessoria e consultoria jurídica sobre usucapião, o advogado costuma fazer uma série de perguntas para entender a situação do cliente e avaliar as chances de sucesso do processo.

Entre as perguntas mais comuns estão:
Há quanto tempo você está na posse do imóvel?
Essa pergunta é essencial porque, no Brasil, o tempo de posse contínua é um dos principais critérios para se obter a usucapião. Por isso, o advogado precisa saber se o cliente preenche esse requisito, que pode variar entre cinco, dez ou quinze anos, dependendo do tipo de usucapião pretendido.
Você tem algum tipo de documento ou contrato relacionado ao imóvel?
O advogado quer saber se o cliente possui algum documento formal que possa ser utilizado como prova de posse, como contratos de compra e venda, recibos, ou declarações. Mesmo que não haja escritura, um contrato pode ajudar a fortalecer o caso.
O imóvel está em seu nome?
Embora o usucapião seja um processo para quem não tem a propriedade formal do imóvel, essa pergunta é relevante para saber se o cliente já fez alguma tentativa anterior de regularizar a situação ou se o imóvel já foi transferido por outros meios.
Algum proprietário ou terceiro já contestou sua posse?
A ausência de contestação é fundamental para o usucapião. Se houver disputas, o advogado precisará saber como e quando elas ocorreram. Ou seja, para entender se isso pode inviabilizar o pedido de usucapião ou se será necessário preparar uma defesa específica.
Você realizou benfeitorias ou reformas no imóvel?
Melhorias feitas na propriedade podem ser usadas como prova de que o cliente agia como verdadeiro dono do imóvel, investindo na sua conservação e uso. Por isso, o advogado pode pedir detalhes e até mesmo notas fiscais de materiais comprados para essas reformas.
Você possui testemunhas que possam confirmar sua posse?
As testemunhas podem ser essenciais para comprovar a posse pacífica e contínua do imóvel, especialmente se houver lacunas documentais.
Desse modo, o advogado normalmente pede para que o cliente indique vizinhos ou outras pessoas que possam testemunhar em seu favor.
Essas perguntas são apenas um ponto de partida para que o advogado possa avaliar se o cliente tem direito ao usucapião e qual será a melhor estratégia para conduzir o processo.
Dependendo das respostas, o advogado poderá solicitar mais documentos ou até recomendar ajustes na forma como o cliente está exercendo a posse do imóvel.
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